quarta-feira, 29 de maio de 2013

Uma vez depressiva





 
 

Existem momentos na vida de um ser humano em que tudo parece perdido, tudo se transforma em dor e sofrimento. É tudo tão real, tão forte, que você começa a delirar, tomar atitudes inesperadas, o pensamento torna-se negativo e você não diz palavras de conforto nem pra si próprio. A mente vira um saco de pancadas, são dores de cabeça, insônia e uma breve perda de memória.
Explicações científicas entre outras maneiras de se discutir sobre o assunto estão em processo de descoberta a todo instante. Pessoas assim tendem a ficar depressivas, a ponto de cometer uma loucura maior que sua coragem, é tanto desespero que tem horas que dá vontade de sumir pra sempre, desaparecer sem deixar vestígios, mudar de estado ou até mesmo de país. Seus sonhos acabam, na maioria das vezes, se tornando tão minúsculos diante de tanta agonia.
Na tentativa de sair desse ócio, seus sentidos pedem uma música bastante triste e depressiva, um soar de piano, uma voz melancólica, é como se fosse uma espécie de analgésico. A reação brusca por sobrevivência é estar longe dali constantemente, os dias se arrastam, mas os anos voam nada parece dar certo, é como se vivesse dentro de uma máquina do tempo onde o único momento é o presente, e não sai dali, e não passa dali.
E calam-se as bocas, e fecham-se os olhos, e descansam os corpos e almas, e mais um dia vem, e mais um dia vai, e mais uma chance de viver também.

 
Milena M.


 

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