sábado, 16 de fevereiro de 2013

Voando por mim

 

 

 
 


 
 
 
 Apresento-me a minha dor todos os dias, ela já me conhece, de fato, mas cada dia nos descobrimos mais, parece que se estende conhecendo uma parte nova do meu corpo, ou da minha alma. Já tentei afugentar-la, mas é mais forte do que eu, ou melhor dizendo, dos meus sentidos, dos meus sentimentos.
 Não é nada físico, é tudo psicológico, grades ou talves muralhas intermináveis, vigiadas por cães ferozes, que não vacilam, sim, eles não pregam os olhos, esses cães são os meus medos, que sempre me acompanhavam como uma sombra. Sinto-me fraca e esgotada, cada dia que amanhece é uma conquista que pouco a pouco não tá fazendo tanta diferença, tenho muita dor dentro de mim pra me preocupar se é dia novo ou não.
Que seja!
Que passe logo!
Que suma de uma vez!
 Quem me dera poder sumir mesmo, e poder aproveitar cada dia que começa, com um sorriso novo no rosto...
 Afinal, eu nem me lembro mais o que são essas sensações.
Oh céus! Fui roubada!
Levaram-me o brilho dos olhos, levaram meu sorriso largo...
Agora digam-me:
Tem morte pior?
 
 
 Milena M.
 
 
 
 

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