segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ainda não morri





 
Cai sob minha cama o meu corpo fadigado. Depois de um dia de vida, pois é só isso que me cabe agora, mais um dia de vida, por que até aqui ainda não me matei, nem me mataram. Eu já sorrir muito a uns dias atrás, andei cantando pelas ruas a noite, vendo a cidade se acender, mas nada que me levasse ao delírio que é ouvir a voz da pessoa que amo. Faz alguns meses que não ouço as notas doces daquela canção que me lembra tal voz, ponho as mãos no bolso da velha calça jeans e me faço de surda a fim de não ouvir o tom dessa voz em minha mente.
Sei disfarçar muito bem meus sentimentos, não me dou por vencido enquanto não vejo o fim de tudo, e talvez, o fim de tudo seja o melhor para ambas as partes. Esse fim pode ser bom ou ruim, tudo aquilo que começa bem, termina bem, do mesmo modo como começa mal, termina mal.
Eu não estou aqui para julgar os sentimentos de ninguém, uma vez que não posso julgar os meus. Só não me esqueço de palavras, só não me esqueço de gestos, só não me esqueço de momentos, eles forma meus e ninguém irá tirá-los de mim.
Papel e caneta são os meus melhores amigos, agente se entende tão bem, viajamos a lugares lindos, a momentos inesquecíveis. Nós nunca estamos sozinhos, eles vivem comigo e eu vivo por eles, e é com eles que me desabafo e lhes conto minhas emoções, minhas vontades e sensações, como agora que escrevo esse breve texto, antes de cair na cama de vez, tomara que eu durma, por que onde eu queria cair mesmo era em teus braços.
 
Milena M.
 

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